sábado, 21 de abril de 2007

Liga Portuguesa dos Direitos do Homem

Esta Associação foi fundada em Abril de 1921, por iniciativa de Sebastião Magalhães Lima (Grão Mestre da Maçonaria Portuguesa) à semelhança de organizações congéneres fundadas internacionalmente e destinava-se a “defender e fazer vingar os princípios de liberdade e justiça enunciados nas Declarações dos Direitos do Homem proclamados em 1789 e 1793”. Para o efeito, a Liga propunha-se “combater o abuso da autoridade, a ilegalidade, o arbítrio, a intolerância, o facciosismo e atentados à humanidade. O seu primeiro Directório foi composto por maçons e não-maçons, tendo assumido a Presidência Magalhães Lima. Teve os seus primeiros Estatutos em 21.04.1922.

A Liga Portuguesa dos Direitos do Homem como precursora dos Direitos do Homem, teve, posteriormente, outros documentos fundamentais que passaram a constituir outros pontos de referência, entre eles a Declaração Universal dos Direitos do Homem, de 10 de Dezembro de 1948.

A Liga exerceu uma acção importante de 1926 a 1974, mantendo bem alto o facho da Liberdade e Justiça, mau grado todas as dificuldades que lhe foram criadas pelos governos da Ditadura e do Estado Novo.
Mesmo depois de Abril de 1974 e ao longo de todos estes anos, e em vários contextos políticos, a Liga persistiu no seu objecto fundamental e contribuiu para melhorar a situação e a sensibilidade para os direitos humanos em Portugal.

Serve este artigo para lembrar que estamos a comemorar 85 anos da existência da Liga Portuguesa dos Direitos do Homem e evocar os que nos antecederam, maçons e não-maçons, que com prejuízo da sua própria vida nos legaram esta Instituição que nunca se deixou abater ou baixou os braços na luta persistente pela Liberdade e Justiça.

Nunca é tarde, é antes um dever cívico de cada um, e de todos nós, evocar e contribuir em quanto em nós caiba para manter e elevar a Liga, pois não nos iludamos, a luta pelo objecto inicial (Direitos Humanos e Justiça) e que deu origem a esta fundamental Associção é constante e presente.

Autor: Júlio Verne

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