terça-feira, 23 de outubro de 2007

A Criança

Quis nascer um dia novamente, esquecer o passado e ser criança na sua plenitude.
Nasci como quis, com as virtudes e pureza da criança mas com a sabedoria e o conhecimento para moldar o meu eu, sendo contido nos meus actos e sabendo guardar segredo sempre que saio de casa e quando estou em casa.
Sim pensar com arte, dentro da arte de pensar.
Haverá alguém que se compare a uma criança no seu estado de pureza, despida de preconceitos, de vaidades, que busca a verdade e partilha o seu conhecimento sem limites, bem como a cumplicidade com quem se identifica, sempre com o sentido da responsabilidade?
Certamente, que sim.
Como toda a criança aprendi a ganhar firmeza nos meus passos, viver o presente, com o olhar no futuro, resguardando-me dos estranhos, embora os trate com respeito.
Sou uma criança que ignoro a vaidade e a arrogância mas defendo a verdade, o saber e a justiça.
Quero crescer e ser forte para ajudar os Homens a encontrarem a criança que existe dentro deles.
Como toda a criança ainda que me aliciem guardarei sempre o segredo que me foi confiado, pois, saberei sempre estar no meio sem me imiscuir com o meio, como aprendi no exercício da arte de pensar, enquanto corria livremente pelos campos e prados, tentando tocar a linha do horizonte, sem nunca desistir.
Bem Haja

Autor: Salomão

2 comentários:

Anónimo disse...

É com grande orgulho que pertenço a esta grande familia. Que mais se poderia pedir, quando se defende estes principios......
Excelente.
Bem Haja MQI

ASA

Anónimo disse...

A todas as crianças que olham o céu…

Olhamos para dentro e vemos essa criança, a criança que fomos, a criança que recordamos e a criança que gostaríamos ser para sempre. Em pequenos corríamos e tudo era magia, a beleza estava em cada pequena coisa… no nosso pensamento havia o desejo de crescer…
A criança pressupõe ser adulto, ser adulto, a velhice e a morte… é quase como que o preço da beleza da vida se pagasse com a melancolia da velhice…
Também recordo com ternura a criança que em mim ainda vive, mas gostava de não ser criança nem adulto nem idoso, de não ter idade, de passear pelo tempo…

Ricardo