terça-feira, 31 de maio de 2011

Globalização

Como não sou especialista no assunto, neste e em muitos outros..., sendo apenas um mero observador dos fenómenos sociais logo devo começar por definir o que se entende ou entendem por Globalização.

O sociólogo de origem polaca Zygmunt Bauman define-a como a desvalorização da ordem enquanto tal – defende que ela seja vista como subversão dos territórios por obra do espaço mercantil.
Para Anthony Giddens a globalização significa a intensificação das relações sociais à escala mundial de tal maneira que faz depender aquilo que sucede a nível local de acontecimentos que se verificam a grande distância e vice-versa.
Martin Khor afirmou que a globalização é simplesmente uma versão actual do colonialismo. Nesta acepção a globalização não é “natural”, mas representa antes um projecto preciso para tornar governos e indivíduos subalternos às forças do mercado.
Será incorrecto o que este intelectual malaio diz?
Já repararam na crescente intromissão de instâncias multinacionais com normas, acordos e instituições no processo de formação das políticas públicas nacionais em âmbitos como o comércio a agricultura e o desenvolvimento?
Já repararam que na passagem de competências do estado-nação para instâncias supranacionais tem o perigo de corresponder á imposição de uma agenda neoliberal?
Os críticos do sistema neoliberal afirmam que este sistema só beneficia as grandes potências económicas e as empresas multinacionais em prejuízo dos países pobres ou em desenvolvimento trazendo-lhes desemprego, baixos salários, aumento das diferenças sociais e dependência dos capitais internacionais.
Os defensores do sistema crêem que o sistema proporciona os desenvolvimentos económico e social de um país deixando a economia mais competitiva, proporciona o desenvolvimento tecnológico e com a livre concorrência faz os preços caírem e a inflação também.
Mas há mais, Thomas Friedman do New York Times, define-a como “ a inexorável integração de mercados, estados-nações e tecnologias a um nível nunca antes atingido, com a consequência de permitir aos indivíduos, às empresas e aos estados-nações estender a própria acção por todo o mundo mais rapidamente, mais profundamente e com menor custo de ser alguma vez possível anteriormente”.
Um senhor, Tom Peters definiu-a como “ a força que com maior potência contribui para o progresso á face da terra”.
Bonito, não é? Mas misturem isto tudo com a Organização Mundial do Comércio, com o Fundo Monetário Internacional (FMI) onde o Tesouro dos Estados Unidos é o maior accionista e o único, salvo erro, com direito a veto e com o Banco Mundial e temos algo muito interessante para pensarmos.

É um facto que a globalização não é só económica, ela é transversal pois apanha todas as necessidades da sociedade, mas por defeito meu, só a vejo tratada em grande parte sobre o angulo económico. Como disse alguém, não me recordo quem, não há mais vida para além da economia?
Será que o Ser Humano não necessita de mais nada? Na minha opinião precisa e muito, mas eu, sou só um observador. Eu só observo, que apesar de estarmos no século XXI, com tanto conhecimento e tanto desenvolvimento, temos tantos povos que não têm os mínimos para poderem sobreviver ao passo que outros esbanjam os seus recursos em guerras e guerrinhas, tantas vezes fúteis, senão sempre fúteis.

Onde está a Fraternidade? Procura-se...

Autor: Jorge Amado

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