terça-feira, 13 de março de 2012

Carl Sagan - Nome Simbólico

O meu fascínio pela natureza e pelo universo nunca me foi explicado. Não consigo deixar de me emocionar com as demonstrações de vida e morte em tudo o que nos rodeia, muitas vezes difíceis de explicar e de colocar em palavras.
Foi nesta procura de explicação que cedo encontrei os livros “Dragões do Eden”, “O Cérebro de Broca” e “Cosmos”. Ainda hoje os leio-o.
De todo o conhecimento descrito nos livros o mais importante foi sempre a simplicidade e a paixão com que foram escritos. Foram escritos sem descriminação. O autor não pretendia pavonear a sabedoria, pretendia que todos os leitores, sem excepção, aprendessem e descobrissem. A luz destes livros foi criada para iluminar todos de forma igual. 
São livros que abrem horizontes, cuja força, quebra barreiras criadas pelas sociedades e por religiões, que olham para o nosso íntimo físico e espiritual e os coloca sobre a perspectiva do universo. Tornam-nos pequenos, obrigam-nos à humildade e a despirmo-nos de preconceitos. Obrigam-nos a pensar como homens livres.

No primeiro verdadeiro exercício de pensamento livre que fiz, percebi que a diversidade exobiológica do universo, na sua dimensão infinita, tem um elo comum, que tudo interliga. Não nos podemos considerar verdadeiramente sozinhos, mas como parte de um todo. Não um grão de areia, mas um elo na teia universal. 
A beleza universal é construída por todos nós, num puzzle de peças fraternas que vão surgindo e completando os espaços em falta. 
No livro “Contacto” o autor apresenta pela primeira vez a batalha titânica entre a fé religiosa e a razão científica pela posse da compreensão universal. O meu fascínio pela mensagem deste romance surge na capacidade de colocar ambas as forças num pedestal comum, razão e espirito, fundindo-as na personagem “Ellie”. Esta personagem, pelo contacto que recebe, inicia uma viagem semelhante ao Neófito, que depois de várias etapas e provas, vê a luz.

O autor destes livros, Carl Sagan, poliu a pedra bruta e rugada em que me encontrava. A ele lhe atribuo o meu nome simbólico.

Autor: Carl Sagan, II

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