sábado, 14 de dezembro de 2013

105.º Aniversário Estrela D'Alva

A R. L. Estrela D'Alva comemorou mais um Aniversário, comemorou 105 anos de trabalho em prol da Liberdade, da Fraternidade, da Justiça Social no âmbito do Grande Oriente Lusitano, da Maçonaria Portuguesa e da Maçonaria Universal.

Em jeito de memória, conforme consta no Dicionário de Maçonaria Portuguesa de A. H. Oliveira Marques, o nome “Estrela D’Alva” foi dado pela primeira vez a uma Loja, em Coimbra no ano de 1871. Esta Loja só funcionou até 1873. Mais tarde, em Coimbra, entre 1908 e 1912, começou a existência da Loja Estrela D’Alva, com o n.º 289, o que indica que é regular, portanto inscrita no Grande Oriente Lusitano. Em 1937, existe documentação que a Loja esteve instalada em Algés. Durante a clandestinidade desenvolveu os seus trabalhos principalmente em Lisboa.  
Mantendo sempre a ligação e sob os auspícios do Grande Oriente Lusitano, após o 25 Abril de 1974, o Grande Secretário -Geral do Conselho da Ordem, exarou o seguinte despacho: ‘’ em 1911 a loja tinha o n.º 289. Pela circular n.º 9 de 16 de Março de 1935 figura como tendo abatido colunas, em data anterior. Nesta data – Dezembro de 1974 – regulariza-se no Grande Oriente Lusitano Unidos, com 14 obreiros e julgo que deve manter o mesmo n.º da antiga titular ‘’.  
Tem o timbre: "Augusta, Benemérita e Respeitável Loja Capitular, Areopagita e Consistorial Estrela D’Alva n.º 289 sob os Auspícios do Grande Oriente Lusitano ".

No primeiro livro de actas, na primeira acta desse livro, em 11 de Dezembro de 1974, apresentaram-se ao trabalho 16 Obreiros! Estes membros, mesmo estando a Maçonaria ilegalizada desde 1935 pela ditadura do Estado Novo, trabalharam grande parte da sua vida na clandestinidade, sem sede ou instalações, com a proibição de reunião, contornando os informadores da PIDE, lutando pela Liberdade. Alguns, em consequência das dificuldades e proibições, sofreram grandes sacrifícios, sentindo-se na sua própria vida e da sua família.

Nestes longos anos de trabalho regular, muitos e muitos passaram pelas colunas desta Loja, alguns nomes já ouviram na chamada do início, mas outros há que contínua e abnegadamente mantiveram acesa a chama, não deixaram esmorecer os Valores e Princípios da Maçonaria, combateram pelas nobres causas da Liberdade, dos Direitos Humanos e Sociais. Nestes anos em que o testemunho foi passado por gerações e que foram atravessados por múltiplos acontecimentos, como a Implantação da Republica, Estado Novo e a sua Ditadura, a privação da Liberdade e dos Direitos Humanos, a clandestinidade, uma guerra colonial, o alvorecer da Liberdade em Abril de 74, temos que prestar a nossa homenagem aos Maçons que nos antecederam, pela grande competência e extraordinária dedicação aos valores da Maçonaria e por manterem as colunas bem erguidas e irradiar com esplendor e brilho a Justiça, a Verdade, a Honra e o Progresso.

Renovamos os valores e principios da Ordem Maçónica e  como um dos principais  objectivos da Maçonaria é o da procura da Verdade nos seus mais variados aspectos e utiliza como linguagem, fundamentalmente, a linguagem simbólica, apelamos, por isso, para que conjuntamente trabalhemos na construção do Templo para que seja possível atingir a Liberdade, a Igualdade e a Fraternidade Universal.    

Autor: Hugo Grócio 

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